segunda-feira, 25 de outubro de 2010


Eu tava numa daquelas festas chatas e me lembro de olhar pra aqueles casais de mãos e almas dadas e pensar que nunca nenhum garoto iria querer namorar uma garota estranha como eu.
Às vezes é chato ser estranha,pessoas estranhas vivem à margem de tudo,à margem de si mesmas,talvez...
Eu me acostumei a ser estranha, eu nasci e vou morrer assim, estranha. Não há mais o que discutir, porque se eu deixar de ser estranha eu vou deixar de ser eu. E eu quero continuar sendo eu. Quero continuar sendo a minha própria companhia, quero ir ao cinema sozinha e enquanto os casais se beijam ,eu fico comendo pipoca e tomando coca-cola.
Quero continuar pensando que a minha vida é linda apesar da minha estranheza e da minha solidão. Eu quero continuar olhando as coisas com o meu olhar de garota estranha e pensar como esse mundo é gigante e como eu perdi tempo procurando coisas que chegam naturalmente.
Eu quero me amar bem muito, quero sentir um amor infinito por mim e me aceitar da forma que sou,com a minha estranheza congênita.
Eu quero colorir a minha vida com todos os lápis que eu tiver e não me lamentar pelas cores que eu não ganhei. E quer saber? Eu sou estranha mesmo e os garotos fingem que eu sou invisível e eu já sofri por conta disso.
Mas,hoje eu percebo que eu posso até não ter charme suficiente e não ter o cabelo espichado como eles gostam,mas eu tenho uma sensibilidade maior que eu mesma e um coração do tamanho da minha estranheza.

E sabe?Isso pra mim é tudo.

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